Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia.
Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escrevo.
Fica apenas a tua negra sombra:
— O passado,
Amargura maior, fotografada.
Tempo...
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!
Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!
Miguel Torga
completamente sem palavras!!!!!!!!!!
ResponderEliminarmesmo muito boa escolha, quase um espelho do que temos passado, uma sombra do que temos medo de atravessar.
bj
;)